COLUNA DO LEITOR – Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)

Cintia Dias

O que é TOC?

Trata-se de uma doença psiquiátrica onde o paciente apresenta obsessões e compulsões

Obsessões - são pensamentos não desejados que retornam repetidamente à mente da pessoa. Eles são considerados intrusivos e desagradáveis pela pessoa que os apresenta e por isso há a produção de ansiedade.

Compulsões - para aliviar a ansiedade frequentemente o paciente recorre a comportamentos repetitivos denominados compulsões. A repetição destes rituais leva a um alívio passageiro da ansiedade, que logo retorna junto com o pensamento obsessivo reiniciando o ritual e assim por diente, criando um ciclo vicioso do qual o paciente torma-se prisioneiro.

Exemplo: "acho que esqueci o gás aberto" - obsessão "verificar vez após outra se o gás está fechado" - compulsão

Todos que apresentam preocupações desta ordem possuem tal diagnóstico?

É muito comum termos dúvidas se de fato esquecemos ou não de fazer certas coisas, bem como apresentar certas supertições, porém quando tais pensamentos/comportamentos tornam se frequentes, chegando a incomodar e atrapalhar a vida da pessoa o que era normal tornou se sintoma e deve ser tratado como tal.

De fato muitas pessoas que sofrem de TOC sabem que possuem um problema, que os pensamentos não tem sentido ou são exagerados e que os rituais (compulsões) não são necessários. Porém tal consciência não é suficiente para evitá-los.

Como é a evolução da doença?

No início a pessoa consegue se controlar, evitando ou amenizando os rituais, porém com o passar do tempo a doença pode se agravar e em alguns casos chega a limitar a vida da pessoa, que passa horas realizando seus rituais e não "sobra" tempo para as demais atividades.

Por saber que os pensamentos e os atos não fazem sentido o paciente sofre muito pela vergonha que sente e pelo medo de revelar isso a outras pessoas, este receio em dividir seu sofrimento retarda o início do tratamennto levando ao agravamento da doença.

Existe tratamento?

O tratamento é realizado com medicamentos (antidepressivos), associados ao não à psicoterapia, especialmente a cognitiva ou comportamental.

Caso você possua alguma dúvida sobre o tema, envie seu E-mail.

Cintia Dias

 

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Giovanni Torello

Data da última modificação:10/09/99